segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

O guia essencial dos imóveis (REVISTA ÉPOCA DE 31/01/2011)



Primeiro, os preços subiram, subiram, subiram. Depois, a alta perdeu força. E agora? É hora de comprar? De vender? ÉPOCA traz um roteiro completo para você se orientar no efervescente mercado imobiliário

Já fazia tempo que a economista Andrea, de 39 anos, e o engenheiro Marcio Dualibi, de 46, planejavam mudar de casa. Com dois filhos,o apartamento em que moravam, de 120 metros quadrados e três dormitórios, no bairro da Vila Leopoldina,Zona Oeste de São Paulo, estava pequeno. A ideia era comprar outro apartamento, de 170 metros quadrados num condomínio da região. No fim de 2007, quando surgiu um comprador oferecendo R$ 360 mil pelo imóvel deles, não hesitaram em vendê-lo, embora ainda faltassem R$ 70 mil para comprar o novo apartamento. Como os preços dos imóveis usados pareciam estáveis, decidiram adiar a compra e aplicar o dinheiro para tentar ganhar a diferença. E foram viver num apartamento alugado, ainda menor.

O resultado não foi o esperado. Os preços dos imóveis dispararam. Assustados, Andrea e Marcio sacaram o dinheiro do banco para tentar comprar o que fosse possível. Em agosto de 2008, fecharam negócio num apartamento em construção, de 140metros quadrados, numa rua menos valorizada do bairro. Pagaram R$ 460mil – R$ 100 mil a mais do que ganharam na venda do primeiro. Pagaram à vista, com desconto. Ainda assim, tiveram de vender um carro – um EcoSport do ano – e sacar o que tinham acumulado no Fundo de Garantia. O apartamento demorou dois anos e meio para ficar pronto, período em que precisaram pagar aluguel. Hoje, de acordo com Marcio, o apartamento que ele e Andrea venderam por R$360 mil vale R$ 550 mil, o preço do novo. E o apartamento que planejavam comprar, de R$ 450 mil, agora custa R$ 750 mil – uma alta de 66% em três anos. “Não era o que a gente queria”, diz Marcio. “Mas, depois de tanta confusão, não foi tão ruim.”

O drama vivido por Andrea e Marcio é reflexo da violenta explosão ocorrida nos preços dos imóveis nos últimos anos. É provável que em nenhum outro momento eles tenham subido tanto em tão pouco tempo. A valorização, maior aqui, menor ali, espalhou-se por todo o Brasil, das grandes metrópoles aos pequenos vilarejos de beira de estrada e à zona rural. O poder de compra de quem tinha um imóvel se manteve ou cresceu com a valorização. Mas quem ainda pretende comprar uma casa terá de se conformar, agora, em morar num lugar menos valorizado, como Andrea e Marcio, ou num imóvel menor do que poderia comprar alguns anos atrás. “Os preços estão lá em cima”, diz Luiz Paulo Pompéia, diretor da Empresa Brasileira de Estudos do Patrimônio (Embraesp), especializada em pesquisas imobiliárias. “Não sei aonde vão parar.”

Na atual onda de valorização, nem todo mundo foi pego de surpresa. Houve quem lucrou – e muito. Graças à alta dos imóveis, o Rio de Janeiro ganhou 60 mil novos milionários, segundo uma pesquisa do Secovi fluminense, a entidade que reúne os empresários do setor no Estado. São proprietários que, da noite para o dia, viram seus imóveis ultrapassar o valor de R$ 1 milhão e se tornaram uma espécie de novos-ricos do mercado. Muitos investidores aproveitaram para comprar imóveis na planta e revendê-los, com lucro. Mesmo quem não tinha capital para fazer isso sozinho conseguiu reunir amigos para investir – numa antiga prática que caíra em desuso e agora ressuscitou.

Até investidores estrangeiros, como Sam Zell, um magnata do mercado imobiliário americano, colheram lucros no Brasil, comprando fatias em grandes empresas do setor e se beneficiando da alta na Bolsa. Segundo uma pesquisa da Associação dos Investidores Estrangeiros em Imóveis, o Brasil ultrapassou a China e apareceu como o destino preferido em todo o mundo para negócios imobiliários, em 2011. “O pessoal diz que apenas 5% das vendas no país são feitas para investidores, que não estão comprando o imóvel para morar”, diz Pompéia. “Mas a parcela de investidores é bem maior.”

Como em qualquer mercado, a questão crucial não é saber quanto os preços já subiram, mas se eles ainda subirão mais – ou se cairão de repente. A alta já bateu no teto? Essa valorização é sustentável ou artificial? É hora de comprar? De vender? A seguir, apresentamos um breve roteiro para você se orientar no universo imobiliário. Não se trata de um trabalho exaustivo nem temos a pretensão de responder de modo conclusivo a todas as questões – que, no fundo, dependem de fatores incontroláveis. Esperamos, apenas, que nossas respostas ajudem cada um a tomar decisões melhores.



quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Corretor de Imóveis x Sociedade: Cidadania ou Promoção Justiceira

Recebi este e-mail de um colega corretor, e professor de um dos cursos de TTI aqui de Fortaleza. Muito interessante, então resolvi postar aqui, com seus devidos créditos, obviamente!

Podemos suportar as desgraças que vêm do exterior: são acidentes. Mas sofrer pelas nossas próprias faltas... Ah!, é esse o tormento da vida. (Oscar Wilde)

Fazemos parte de uma categoria muito mais cobrada ultimamente pela sociedade, assim como outras categorias tão importantes sempre foram, como dos médicos, advogados e engenheiros. Por isso mesmo e por uma simples estratégia de "melhor" escalada de reconhecimento e valorização, devemos aguardar e confiar na JUSTIÇA das "mulheres e dos homens", principalmente na de DEUS, pois já somos bastante "massacrados" pelo o que a sociedade fica exposta e tira sua própria conclusão, na maioria equivocada pelos atos e "desatos" ignorantes, irresponsáveis e até ingênuos dos contraventores (mal chamados de PIRATAS) e pior ainda pelos PÉSSIMOS e DESPREPARADOS colegas "credenciados" (ativos, inativos e irregulares).

Então, por gentileza e inteligentemente, façamos sim nossas súplicas de justiça, mas de maneira ordeira e legal, "dentro de casa mesmo", pois apenas ficar alardeando e propagando uma situação dessas qualquer, onde se têm profissionais ou escritórios imobiliários envolvidos, ou investigados ainda seus envolvimentos, simplesmente não acabará com a CONCORRÊNCIA, e sim acabará fragilizando a nossa "AINDA" tão sensível colocação na tão necessária importância de VALORIZAÇÃO e RECONHECIMENTO pela sociedade como um todo.

Pense, analise, informe-se e se posicione mais sobre o que algum dos nossos possam estar fazendo apenas como propaganda ou fofoca, mesmo com boa intenção, para que assim possamos fazer melhor a nossa parte como cidadão, acreditando e confiando nos instrumentos legais e também SANTOS, e tentar corrigir e agir melhor, não apenas como desequilibrados, inquietos e até justiceiros, pois com certeza poderá trazer alguns transtornos para nós mesmos.

ROUFMAN - Corretor de Imóveis