sexta-feira, 16 de julho de 2010

NOVO ÍNDICE IMOBILIÁRIO DEVE SER IMPLANTADO NESTE SEMESTRE

O Índice Brasileiro de Rentabilidade Imobiliária (Ibri), desenvolvido pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) para medir o rendimento dos investimentos em imóveis no país, deve entrar em operação neste semestre.

Encomendado à FGV pela Associação Brasileira das Entidades Fechadas de Previdência Privada (Abrapp), o índice trimestral permitirá a comparação da rentabilidade do mercado imobiliário em relação a outros ativos - inclusive do próprio segmento - ou a de determinada carteira de um fundo em relação ao mercado como um todo, conforme o pesquisador e responsável pelo desenvolvimento do índice na FGV, Paulo Pichetti.

Com base em índices semelhantes nos Estados Unidos, Grã-Bretanha, Canadá, Nova Zelândia, África do Sul e Japão, Pichetti afirmou que a ausência de um indicador na América Latina é vista como um ponto fraco por potenciais investidores no mercado brasileiro.

Segundo o pesquisador, o Ibri tem a proposta de ser equivalente ao Ibovespa, principal índice acionário da Bovespa.

"Esperamos a implementação (do índice) no início do segundo semestre... estamos estudando a proposta de criação de um Conselho Diretor, buscando transparência, e a inclusão de imóveis residenciais, não só de comerciais", acrescentou, ressaltando que esta é uma demanda antiga do setor.

Responsável pela encomenda do índice, a coordenadora da Comissão de Investimentos Imobiliários da Abrapp, Carla Safady, assinalou que, ao ajudar o investidor estrangeiro que busca ingressar no mercado imobiliário brasileiro, o Ibri pode elevar o setor a outro patamar.

"A ideia é que todos os agentes do mercado imobiliário deem sua contribuição para finalmente termos um índice de referência e transparência", disse ela.

O Ibri foi elaborado pela FGV com base nas informações dos 156 imóveis que pertencem aos fundos de pensão da Abrapp.

sexta-feira, 9 de julho de 2010

Índice que reajusta aluguel desacelera na primeira prévia do mês, diz FGV

A inflação mensurada pelo IGP-M (Índice Geral de Preços -- Mercado), usado como referência na maioria dos contratos de aluguel, aumentou 0,14% na primeira prévia de julho, ante variação de 2,21% no mesmo período de junho, de acordo com dados divulgados nesta sexta-feira pela FGV (Fundação Getúlio Vargas).

Nos últimos 12 meses, a variação do índice foi de 5,78%; no ano, de 5,84%. O período analisado vai do dia 21 de junho até o dia 10 de julho.

O IPA (Índice de Preços ao Produtor Amplo) registrou variação de 0,19%, na primeira leitura de julho. No mesmo período do mês de junho, a taxa foi de 3,14%. A taxa de variação do índice referente a bens finais avançou de -0,65% para 0,01%. Contribuiu para este movimento o subgrupo alimentos processados, cuja taxa passou de -2,66% para 0,37%. No estágio dos bens intermediários, a taxa de variação passou de 1,37% para 0,18%. A maior contribuição para esta desaceleração partiu do subgrupo materiais e componentes para a manufatura, cuja taxa passou de 1,58% para 0,14%.

O indicador referente a matérias-primas brutas registrou variação de 0,45%. No mês anterior, a taxa foi de 11,26%. Os itens que mais contribuíram para a trajetória de desaceleração deste grupo foram: minério de ferro (75,25% para -0,63%), leite in natura (5,46% para -3,46%) e milho (em grão) (2,20% para -1,91%). Com taxas em alta, destacam-se: cana-de-açúcar (-4,35% para 4,32%), bovinos (-0,75% para 1,35%) e café (em grão) (0,42% para 5,68%).

O IPC (Índice de Preços ao Consumidor) registrou no período um recuo de 0,31%. No mesmo período do mês anterior, a taxa teve variação negativa 0,26%.

Apresentaram aceleração os grupos: alimentação (-1,52% para -1,16%), despesas diversas (-0,08% para 0,16%) e saúde e cuidados pessoais (0,37% para 0,39%).

O INCC (Índice Nacional de Custo da Construção) apresentou, nesta leitura taxa de 0,89%. No mesmo período do mês anterior, a taxa foi de 2,18%. O índice relativo a materiais, equipamentos e serviços registrou variação de 0,61%. No mês anterior, a taxa havia sido de 0,89%. O índice que representa o custo da mão de obra apresentou variação de 1,17%, no primeiro decêndio de julho. Na apuração referente ao mesmo período do mês anterior, o índice variou 3,57%.


folha.com

quinta-feira, 8 de julho de 2010

O corretor de imóveis tem uma grande responsabilidade social

Matéria Publicada no caderno "Imóveis" no Jornal "O Estado" em 08/07/2010:

O corretor de imóveis precisa estar bem preparado para atender a um cliente que busca a realização de um sonho. A avaliação é do presidente do Conselho Federal de Corretores de Imóveis (Cofeci), João Teodoro da Silva. Confira abaixo a entrevista completa.

Como o senhor avalia o mercado imobiliário do Brasil atualmente? Estamos em um bom momento?

O mercado imobiliário brasileiro vive um momento inédito na sua história. Nunca tivemos tanta abundância de recursos financeiros disponível para financiamentos imobiliários. Essa novidade, como consequência, provocou grande movimentação no mercado, fazendo com que o setor se transformasse no principal suporte para que o Brasil passasse, como passou, ao largo da crise financeira internacional. Hoje, nossos financiamentos habitacionais representam cerca de 3,2% do PIB com perspectivas de crescimento para algo em torno de 10% nos próximos 3 ou 4 anos. Se adicionarmos a isso o volume de vendas que não dependem de financiamentos, temos pela frente uma grande perspectiva para o mercado nos próximos anos. O volume de vendas imobiliárias em 2010 deve superar a casa dos 200 bilhões de reais, somados os imóveis financiados com os recursos do sistema financeiro e os de venda sem financiamento ou com financiamento direto.

O atual número de corretores de imóveis atende à demanda do mercado ou ainda é preciso mais profissionais?

Entendo que o número atual de profissionais corretores de imóveis em atividade é insuficiente pra atender à demanda do mercado. Uma simples comparação com os EUA nos dão uma boa noção. Lá, com uma população de cerca de 310 milhões de habitantes, há cerca de 1,4 milhões de corretores em atividade. Aqui, no Brasil, com uma população de 190 milhões, temos apenas cerca de 150 mil profissionais em atividade. A proporção de corretores de imóveis por habitantes nos EUA é muito maior do que no Brasil, isso sem considerar que o mercado por aqui anda muito mais efervescente do que por lá.

Qual a qualificação exigida para ingressar na profissão de corretor de imóveis?

A Lei de regência de nossa profissão, a Lei nº 6.530/78, exige apenas educação geral de segundo grau mais um curso profissionalizante (pós médio) chamado de Técnico em Transações Imobiliárias. Entretanto, a grande maioria dos novos profissionais já ingressa na profissão com curso de formação superior, muitos deles em Gestão de Negócios Imobiliários. A tendência é que a Lei venha a ser brevemente modificada para acolher a nova formação superior.

Qual o perfil de um bom corretor de imóveis? O que se espera do desempenho deste profissional?

O bom profissional é aquele que se preocupa em manter-se atualizado com as novidades do mercado e da profissão, que tenha sólida formação geral e específica, e que desenvolva sua atividade com rigoroso cumprimento dos preceitos éticos que a norteiam. O Corretor de Imóveis, além de ser um agente de negócios, é também o realizador do maior sonho de cada brasileiro, o sonho da casa própria. É uma grande responsabilidade social e precisamos estar preparados para ela.


Colaboração: Hamilton Cavalcante - Articulista Jornal O Estado Caderno Imóveis.