quinta-feira, 15 de outubro de 2009

Fortaleza ganha bairro planejado na zona sul

A proposta da Odebrecht é aplicar um modelo de bairro novo, com toda a infraestrutura necessária no Ancuri

Com déficit habitacional de cerca de 100 mil moradias em Fortaleza, grandes empreiteiras voltam os olhos à Capital cearense, atraídas pelo crescimento econômico do Estado e pela possibilidade de enquadrar seus empreendimentos no programa federal Minha Casa, Minha Vida. Amanhã, a Bairro Novo Empreendimentos Imobiliários - empresa do Grupo Odebrecht - lança às 15 horas, no bairro Ancuri, zona sul da cidade, o empreendimento residencial Bairro Novo, destinado a famílias que percebem entre três e seis salários mínimos, o equivalente a R$ 1.395,00 até R$ 2.790, 00, mensais.

Com capacidade para 2.846 unidades habitacionais, distribuídos em apartamentos de dois quartos e casas populares de dois e três quartos, o novo empreendimento ocupará área total de 413 mil metros quadrados, pouco mais de quatro hectares. Os imóveis terão áreas construídas de 43 e 60 metros quadrados, e mais área livre que, somados, chegam a 135 metros quadrados de terreno total.

"Os preços unitários variam de R$ 65 mil e R$ 90 mil", antecipou o diretor presidente do Bairro Novo, Roberto Sena, ao anunciar, para amanhã, a abertura das vendas do primeiro módulo com 358 casas. "Nosso compromisso é entregá-las em 12 meses", apontou o executivo, explicando que "a velocidade de construção irá depender do ritmo das vendas".

Prazos

A expectativa da direção da empresa é a de que as obras sejam iniciadas em novembro próximo e que todas as unidades estejam prontas até 2014, já que novos módulos de casas serão lançados, sucessivamente, à medida em que as vendas forem acontecendo. Se todos os imóveis forem comercializados, a empresa projeta o VGV (Valor Geral de Vendas) em torno de R$ 220 milhões. Para dar maior velocidade às obras, explica Sena, a empresa utiliza um método construtivo industrial, que permite aprontar até seis unidades habitacionais a cada cinco dias, com a utilização de formas de alumínio pré-fabricadas e preenchidas de concreto. "As formas já têm previsão para a parte elétrica e hidráulica, o que reduz tempo e custo", esclarece.

Diretores da empresa explicam ainda, que o empreendimento será divido em conjuntos de casas e apartamentos, formando condomínios independentes, mas agrupados em uma mesma área. Baseado em um modelo de habitação do México, a proposta é construir um "bairro novo", no Ancuri, para onde devem migrar cerca de dez mil novos moradores, além da população atual, em torno de 13 mil habitantes.

Além das habitações, o empreendimento garante toda a infraestrutura de água, luz, telefonia, televisão a cabo, internet e saneamento básico, inclusive com a construção de estações próprias de tratamento de efluentes, bem como áreas de lazer, play-ground e estacionamentos. Sena explica ainda, que nesse modelo de projeto habitacional, a manutenção do "bairro" e dos condomínios são feitos através da associação de moradores, que irá determinar as regras de convivência para uso comum das áreas comuns. Como há área livre, acrescenta, os moradores poderão ampliar as casas, "mas de forma planejada e organizada".

A expectativa é de que a ministra Dilma Rousseff participe do lançamento das vendas na solenidade de amanhã.

Reportagem extraída do jornal "Diário do Nordeste" em 15/10/2009.

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